O Ministério da Educação, MEC, através de sua Secretária Executiva Maria Helena Guimarães, informou que somente 2% das vagas ociosas nas Federais foram preenchidas pelo Sisu, Sistema de Seleção Unificado, para vagas remanescentes, cujo programa foi implantado nas universidades públicas brasileiras.
A professora afirmou ainda que o órgão vai avaliar as tentativas realizadas neste ano para preencher as vagas ociosas em universidades federais.
Das 120 mil vagas remanescentes oferecidas, apenas 3 mil foram preenchidas desde março, totalizando cerca de 2,5% do total, segundo dados informados pela gestora, que juntamente com sua equipe, avaliará o “fracasso” de tal iniciativa.
A seleção para as referidas vagas já foi implantada duas vezes, mas não houve preenchimento adequado. O Sisu, Sistema de Seleção Unificado de Vagas Remanescentes será aberto posteriormente, cuja previsão será em julho de 2016, após uma reunião com as universidades federais para identificar a razão do não preenchimento das vagas oferecidas.
As regras referentes ao “Sisu Vagas de Remanescentes”, chamado pela Secretária de “Sisu-VR”, não foram detalhadas. O programa foi anunciado pelo ex-ministro Aloizio Mercadante em dezembro, quando o Censo da Educação Superior identificou cerca de 140 mil vagas ociosas públicas, em instituições federais e estaduais brasileiras.
A ideia inicial do Sisu vagas remanescentes era ter um sistema que realmente usasse as vagas ociosas das universidades, de forma que os alunos pudessem ter mobilidade entre as instituições, ou trocar para um curso afim, como por exemplo de Engenharia elétrica para engenharia mecânica, afirma a professora Maria Helena.
A secretária-executiva afirma que a mobilidade acadêmica no país está prejudicada pela burocracia das universidades, pois em muitos casos, alunos que trocam de turno, curso ou instituição de ensino têm dificuldade para validar os créditos cursados e acabam atrasando o prazo para sua formatura.
Ainda segundo a Secretária “Quando o programa foi aberto, isso foi considerado uma coisa muito positiva porque obviamente demonstrou-se uma intenção de favorecer os alunos que queriam mudar, sair, ou que precisam reconhecer créditos já cursados. A intenção foi positiva, mas a abertura das vagas não está sendo preenchida e o Órgão responsável que descobrir o motivo para o não preenchimento.
Nos moldes em que foi proposto pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, o Sisu de vagas remanescentes nunca saiu do papel, pois de acordo com informações do MEC, as “tentativas anteriores” citadas pela secretária se referem a um programa similar, o Rede Universidade Para Professores, que surgiu em março e foi criado para complementar a formação de professores efetivos das redes municipal e estadual que não atuam na sua área de formação.
Segundo o Censo Escolar de 2015, 52,8% dos professores brasileiros não têm a qualificação necessária para as aulas que ministram diariamente.
Foram oferecidas pelo programa aproximadamente 105 mil vagas em pedagogia e cursos de licenciatura em áreas como letras, matemática e geografia, mas a adesão não correspondeu ao esperado pelo Ministério da Educação.
Para o acadêmico poder realizar sua inscrição junto ao Sisu será necessário a realização do Enem e se preparar para a prova que envolve alunos de todas as regiões brasileiras e aproveita para analisar os motivos para realizar esse importante exame.